Publicado em 08/07/2016 às 03:00,

Irritado com choro, pai espanca e morde bebê de 40 dias por todo o corpo

Redação, Campo Grande News
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(Foto: Divulgação)
Com hematomas na face e marcas de mordidas por todo o corpo, um bebê de apenas 40 dias foi internado na Santa Casa da Capital na madrugada da última quarta-feira (06), após ter sido agredido pelo próprio pai, segundo relatos da mãe do recém-nascido. De acordo com a mulher, de 27 anos, as agressões acontecem desde que o bebê tinha 15 dias.De acordo com informações policiais, a mãe da menina teria pedido ajuda para uma prima após presenciar o marido agredindo a filha com tapas no rosto e mordidas por todo o corpo. Ele estaria incomodado com o choro do bebê. Mãe e filha foram levadas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeira e posteriormente encaminhadas para a Santa Casa de Campo Grande.No hospital a menina passou por uma bateria de exames e na tarde desta quinta-feira (07) teve alta médica. O caso foi registrado inicialmente na Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), após a mãe do bebê relatar que também sofria agressões do companheiro, com quem convive a pouco mais de um ano.Segundo a delegada Fernanda Barros, que registrou a ocorrência, a primeira a procurar a delegacia foi a prima da mãe do bebê que relatou as agressões e levou fotos para comprová-las. Na tarde de quarta-feira a mãe da menina foi então até a delegacia e relatou de forma resumida o que havia acontecido.Na tarde desta quinta, após a alta médica da menina, a mulher retornou à delegacia e então relatou detalhadamente o que havia ocorrido. Durante o depoimento ela ressaltou que o bebê é agredido desde os 15 dias de vida e disse ainda que já havia registrado um boletim de ocorrência por também ter sido agredida, mas continuou com o companheiro por acreditar que não se repetiria.Por medida de segurança a mulher está abrigada na Casa da Mulher Brasileira, onde permanecerá até que seja concedido pela justiça a medida protetiva solicitada pela delegacia. Devido as agressões no bebê, o caso também será encaminhado para a DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). O suspeito, que segundo a delegada já possui várias passagens pela polícia, ainda não foi ouvido.