Publicado em 31/01/2022 às 02:00,

Ivinhema: Era tudo amigo da família e frequentava a minha casa, diz pai de Vitória

Redação, CG News
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(Foto: Divulgação)
Edson abraçando a mulher durante o sepultamento de Vitória Eles viviam aqui na frente, tomando tereré. Era tudo amigo da família e frequentava a minha casa”, disse na manhã deste domingo, por telefone, o microempresário Edson de Santos Honorato, de 45 anos, sobre os três suspeitos presos pela morte da filha, Vitória, de 15 anos.Leia tambémIvinhema: Com ajuda de cão farejador, policiais e bombeiros retomam buscas por adolescente desaparecidaCorpo de adolescente que estava desaparecida é encontrado; suspeito foi presoDesaparecida desde a noite de terça-feira (25), a adolescente foi morta estrangulada e enterrada em área de brejo. O corpo dela foi encontrado no sábado (29), em Ivinhema.Um dos presos, Nilton Fernandes de Souza, de 39 anos, conhecido como Negão, viu Vitória crescer, e era o mais amigo da família. “O irmão dele é meu compadre”, contou Edson que ainda tenta entender o porquê de tanta brutalidade. “Eu acho que ele era fissurado na menina”. Os outros dois suspeitos, de 23 e 60 anos, que também estão presos, negaram o crime.Segundo Edson, o rapaz mais novo ainda auxiliou nas buscas por Vitória e dizia que quando a família encontrasse Nilton era para matá-lo. “Esse rapaz chegou a fazer buscas com a gente dentro do carro. Ele dizia que quando Nilton fosse encontrado era pra gente chegar matando, sem conversa”, contou.Antes de o corpo da vítima ser encontrado, Nilton havia sido identificado como o principal suspeito pelo desaparecimento, pois foi o último a ser visto com a vítima, por volta das 22h de terça-feira.“O delegado fala que foi por ciúmes. Antes de desaparecer, ela tinha se arrumado e ido encontrar com um rapaz, filho de um amigo meu. Eles [os suspeitos] quiseram incriminá-lo, mas não deu certo”, contou.O corpo de Vitória foi sepultado na noite de sábado, por volta das 21h, no cemitério municipal da cidade. Por conta das condições do corpo, a família optou em não fazer velório. “Eu não quis ver o corpo. Prefiro guardar a imagem de como ela era. Menina doce, não tinha maldade, não tinha inimizade com ninguém”, lembrou Edson, que é pai de mais 8 filhos.Segundo ele, os vizinhos estão todos arrasados com a situação e aproveitou para agradecer o apoio recebido da população e a homenagem que os amigos fizeram para a filha.Investigação Conforme o delegado Felipe Alvarez Madeira, responsável pela investigação, Nilton confessou participação, mas alegou apenas ter auxiliado a esconder o corpo e jogou a culpa para o rapaz de 23 anos, dizendo que ele praticou o crime por ciúmes, porque na mesma noite a vítima havia se encontrado com outro rapaz. A participação de cada um será apurada durante o inquérito policial, disse o delegado, que tem dez dias para finalizar o procedimento.Tanto o jovem quanto o homem de 60 anos negaram o crime. Os três foram autuados em flagrante pelo crime feminicídio (com pena de 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (com pena de 1 a 3 anos).Vitória Caroline de Oliveira Honorato estava desaparecida desde às 22h de terça-feira, quando foi vista a última vez pela irmã, na frente da casa onde morava, no Bairro Triguenã. Familiares, amigos, polícias Civil e Militar realizaram buscas pela adolescente por 3 dias seguidos, com ajuda de drone e cães farejadores.