Publicado em 14/03/2016 às 03:00,

Jornalistas são presos por extorsão de autoridades públicas e empresários

Redação,
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(Foto: Divulgação)
Cinco jornalistas foram presos na manhã deste sábado (12) por extorsão de autoridades públicas, empresários e pessoas físicas com alto poder aquisitivo. A prisão dos cinco foi efetuada na operação denominada Liberdade de Extorsão, da Defaz (Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública), inserida na operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Carga Máxima, em Mato Grosso.Quatro jornalistas do Grupo Millas Comunicação, que administram os veículos de comunicação Centro-Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, foram presos por mandados de prisão preventiva. São eles: Antônio Carlos Millas de Oliveira, dono do Jornal Centro-Oeste Popular, seus filhos Max Feitosa Millas, dono do Notícia Max, e Maycon Feitosa Millas. Também está preso por prisão preventiva, o editor-chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília, no Distrito Federal, Naedson Martins da Silva.O jornalista, Antônio Peres Pacheco, está preso por mandado de prisão temporária (5 dias) por ligação também em crimes de extorsão.O jornalista Maycon Feitosa Millas foi preso em Campo Grande. O jornalista Naedson Martins da Silva, teve o mandado de prisão cumprido em Brasília (DF). Antônio Carlos Millas recebeu voz de prisão em sua fazenda, no município de Nossa Senhora do Livramento (MT) e os demais em Cuiabá (MT).O auditor fiscal da prefeitura de Cuiabá (MT), Walmir Correa teve mandado de prisão temporária (5 dias) cumprido em sua casa, no bairro CPA 3, em Cuiabá (MT). Ele é acusado, supostamente, de vazar informações sigilosas da prefeitura para a prática de extorsão, que eram cometidas pelos jornalistas junto a agentes políticos importantes, empresários com contratos no poder público, os quais foram obrigadas a pagar quantias vultuosas, para não terem as informações divulgadas nos veículos, sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas.O grupo vinha agindo há vários anos. O valor é variável, dependendo da capacidade econômica de cada vítima, disse o delegado.Os mandados foram expedidos pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, de Cuiabá (MT). A operação contou com apoio da Diretoria de Inteligência e de policiais das unidades da DAE (Diretoria de Atividade Especiais).