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Menina pede socorro por WhatsApp após ser estuprada pelo pai: Não aguento mais

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(Foto: Divulgação)
Uma menina de 13 anos pediu socorro para irmã pelo WhatsApp após ser estuprada pelo próprio pai, de 47, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Em entrevista ao G1 nesta terça-feira (29), a atendente Mila Christiã Rodrigues, de 21 anos, irmã da vítima, relatou que a adolescente sofreu abusos sexuais diversas vezes por parte do suspeito. A Polícia Civil investiga o caso.O crime teria acontecido em setembro, mas a irmã resolveu divulgar agora, devido ao homem permanecer solto oferecendo riscos a integridade dos familiares. Mila conta que, nas mensagens enviadas, a adolescente diz que os abusos aconteceram, pelo menos, em outras quatro ocasiões anteriores, sempre da mesma forma.Segundo apurado pelo G1, na mais recente, ela acordou de madrugada com o suspeito em cima dela e com as roupas abaixadas. Não aguento mais, quero morrer. Ele diz que só quer fazer carinho em mim, mas só quer passar a mão no meu peito, diz a menor em um dos trechos.A atendente contou ao G1 que mora em São José do Rio Preto, no interior do Estado e, logo depois de receber a mensagem, foi até São Vicente para buscar a irmã. No mesmo dia que recebi as mensagens eu fui. Quando cheguei, ela arrumou as malas e eu trouxe ela e mais dois irmãos meus, de 14 e 10 anos, para cá. Assim que cheguei na minha cidade procurei a delegacia, relata.A vítima morava sozinha com os dois irmãos e o pai no bairro do Catiapoã. Segundo Mila, a mãe não mora na casa há cerca de dois anos e os filhos não tem contato com ela.Estupros recorrentesEntre as mensagens enviadas via WhatsApp, a menina pede para se mudar para a casa da irmã. Se você quiser, te ajudo a pagar o aluguel, água, mas por favor me tira daqui. Ela ainda prometeu que reagiria caso o homem tentasse abusar dela novamente. Vou bater nele. Ele pode até me bater, mas não quero mais sofrer por isso, escreveu.Na delegacia, a vítima disse que chegou a ser drogada pelo suspeito várias vezes, para facilitar os abusos. Segundo ela, inicialmente o suspeito passava a mão nas partes íntimas, mas depois ele tirava a roupa e cometia o ato sexual. Conforme relatou, os estupros começaram com um remédio em líquido misturado com refrigerante e, depois, ele passou a dar comprimidos frequentemente.InvestigaçãoMila afirmou ao G1 que, pouco antes de chegar na casa da irmã, o homem saiu de lá dizendo que ia embora e não foi mais localizado. Só quero que a justiça seja feita. Que ele pague pelo que fez. A polícia não pode procurá-lo como culpado porque não tem provas materiais, só se ela estivesse morta ou grávida ou se tivesse feito o exame logo após o estupro.Na delegacia, os policiais pediram exame de corpo de delito e encaminharam a vítima. Apesar do trauma, Mila diz que a irmã passa por atendimento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o homem é investigado por estupro de vulnerável e que as investigações seguem para esclarecer o caso.