A Polícia Civil de Ivinhema, por meio de seu SIG (Setor de Investigações Gerais), desencadeou a operação Straight Flush, destinada à repressão dos crimes de adulteração de agrotóxicos, lavagem de capitais e organização criminosa. No final da semana passada foi cumprido mandado de busca e apreensão em loja de roupas da cidade de Ivinhema, suspeita de ser utilizada como forma de lavar o dinheiro obtido na veda de agrotóxicos adulterados.Segundo informações ao Site Plantão Angélica, a proprietária do negócio teve os aparelhos eletrônicos apreendidos e será indiciada no crime de lavagem de capitais, com pena de 3 a 10 anos de reclusão, e organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos, devido aos indícios encontrados durante a busca que a ligam diretamente ao esquema.Na data de ontem, 19 de Janeiro de 2022, foram cumpridos outros dois mandados de busca, um em Naviraí e outro em Fátima do Sul, em lojas ligadas ao agronegócio. Durante as buscas em Naviraí foram apreendidos mais quatro galões, totalizando 80 litros, de agrotóxico adulterado. O dono dos produtos afirma que estava em processo de devolvê-los, alegando já ter constatado que estavam adulterados após comprá-los de outro revendedor. A versão será confirmada ou não pelo IAGRO, no entanto os produtos estavam desde março de 2021 na posse da loja.A ação de hoje contou com o apoio da Delegacia de Polícia Civil de Fátima do Sul, que cumpriu o mandado na cidade, e da Delegacia de Polícia Civil de Naviraí, que prestou apoio à de Ivinhema nas buscas naquele local.A investigação teve início em dezembro do ano passado, quando três pessoas foram presas em flagrante em Ivinhema dentro de um laboratório clandestino que fabricava agrotóxicos e os embalava como se fossem originais, revendendo-os para toda a região. Os indícios apontam que o dinheiro obtido era revertido para uma loja de roupas e um clube de pôquer na cidade, bem como para outros negócios em nome do irmão do autuado em flagrante.