O presídio de Tucumbú, em Assunção, rejeitou receber o brasileiro Sergio Lima dos Santos, de 34 anos, acusado de matar o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, no mês passado. O presídio está fechado desde fevereiro deste ano devido a superlotação.Segundo informações do site ABC Color, o diretor do instituto penal Dr. Artemio Vera disse que o presídio foi fechado por uma resolução ministerial de 20 de fevereiro de 2016. Na época, haviam 4.300 internos, sendo que as instalações tem capacidade para 1.687 presos.Desde então, ninguém mais tem sido aceito na penitenciária. Diante da circunstância, Sergio continuará em uma cela improvisada no quartel de um grupo especial da Polícia Nacional, em Assunção, onde está sob custódia desde que foi preso.Dada a recusa, o juiz deve escolher outra instituição penal onde ele possa continuar o seu tratamento médico. A decisão de transferir o acusado de matar Rafaat, foi do juiz Edgar Ramirez, devido as precárias condições de unidades de saúde em Assunção.Neste domingo (03), uma junta médica acompanhada por representantes do Ministério Público do Paraguai e do Poder Judiciário foi ao quartel, onde o brasileiro está preso e constatou que o quadro de saúde dele se agravou devido às condições do local, pois a sala não é adequada para fazer tratamento médico.Execução – Na noite de 15 de junho, pelo menos cem pistoleiros armados fizeram uma emboscada para o empresário Jorge Rafaat Toumani, no centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã.Usando uma metralhadora anti-aérea instalada em uma caminhonete Toyota roubada na Argentina, os pistoleiros perfuraram a blindagem do utilitário Hummer conduzido por Rafaat. A polícia do Paraguai afirma que Sergio dos Santos manuseou a metralhadora.Houve troca de tiros entre os pistoleiros e os seguranças de Rafaat e Sergio foi ferido no rosto. Na mesma noite do ataque ele foi deixado em um hospital de Pedro Juan Caballero, depois de receber os primeiros socorros. De lá foi levado para o hospital de Fernando de La Mora.O Ministério Público investiga quem pagou as despesas médicas do brasileiro nos dois hospitais em que foi atendido.