Um dos militares Anderson Garutti, de 28 anos, conhecido na quadrilha como .40, é ex-morador de Naviraí/MS Dois policiais militares foram presos em Catanduvas, no oeste do Paraná, na madrugada de segunda-feira (26), por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que assaltava caixas eletrônicos. Um dos militares Anderson Garutti, de 28 anos, conhecido na quadrilha como .40(referência ao armamento usado pela Polícia Militar), é ex-morador de Naviraí/MS.Segundo o capitão Cícero Tenório, do Comando da PM, os suspeitos passavam informações privilegiadas sobre o funcionamento do pelotão para facilitar a vida dos assaltantes.“Eles passavam informações, passavam a posição onde estaria a equipe na viatura, para facilitar toda a ação dos arrombadores”, explicou Tenório.O capitão também explicou que os dois policiais trabalhavam na cidade e participaram de pelo menos dois crimes com o grupo que assalta bancos.O envolvimento dos policiais foi descoberto na madrugada de segunda-feira, durante uma tentativa de assalto a uma agência bancária de Catanduvas. Uma equipe da PM foi atender a ocorrência e conseguiu prender um homem identificado como Clóvis Aparecido Scapa Júnior, que informou sobre o envolvimento dos dois policiais.Ao ser detido Clovis disse que gostaria de colaborar com o caso. Ele, então, relatou que teria sido convidado por um PM para participar da ação no banco Itaú e que receberia R$ 2 mil para levar alguns “guarda-sol” até perto da agência. Ainda segundo Clóvis, em depoimento, O PM Anderson Garutti estaria no trecho da BR-277, entre o pedágio e o posto da Polícia Rodoviária Federal de Catanduvas, aguardando Clóvis voltar para Cascavel.Clóvis ainda citou que teria sido convidado pelo Policial em uma data anterior para participar de uma ação no Banco do Brasil também em Catanduvas, quando atuaria para dar fuga aos participantes do crime. Clóvis, porém, teria se negado e no dia seguinte se encontrado com o soldado, que lhe mostrou uma sacola com muito dinheiro e cheques, dizendo: “não quis ir, olha só o que você perdeu”.Ainda de acordo com o termo de declaração de Clóvis, no último fim de semana, ao chegar em Catanduvas, Anderson Garutti lhe repassou o contato de outro PM, que estava de serviço. Assim que a equipe policial ficou sabendo da ação no banco, mensagens foram enviadas pelo policial para Clóvis com a expressão: “vaza”.Na sequência, foi autorizado por Clóvis o acesso às informações constantes no celular apreendido. Antes do acesso ao que havia no smartphone, o objeto foi submetido à perícia, em busca de digitais. Em verificação no celular, posteriormente, foram visualizadas mensagens de texto, de WhatsApp e contatos da agenda, além das últimas ligações realizadas.Na verificação, foi encontrado contato salvo com o nome de PM. No WhatsApp esse contato encaminhou mensagens com as expressões: “vaza”, “estou tentando levar os piás pra longe”, “ligaram do banco”. Além dessa conversa, havia tentativas de ligações partindo do celular de Clóvis, momento antes da tentativa de arrombamento, para um contato com o nome “.040”. O número do celular era o mesmo utilizado por Anderson Garutti , e também cadastrado nos planos de chamada do 6º BPM no nome do citado soldado.Havia ainda um áudio em uma conversa de WhatsApp entre Clóvis e outro indivíduo, onde comentavam a respeito da tentativa de arrombamento no Banco Itaú. Em dado momento, Clóvis citava o nome “Do Policia.40” e em outro trecho dizia “nosso policial, (E cita o nome do mesmo)”. Um dos PMs já está na corporação há cinco anos e o outro é iniciante. Eles foram presos por tentativa de assalto e também devem responder por formação de quadrilha. A PM também informou que vai abrir um processo administrativo que pode levar à expulsão dos dois suspeitos.“A Polícia Militar está tomando todas as providências, cortando na carne, porque não admite o envolvimento de policiais militares com ilícitos de qualquer natureza”, disse Tenório.(Com informações dite G1 e CGN UOL)