Saiba MaisCriança de 10 anos está desaparecida em Nova AndradinaGaroto desaparecido é encontrado morto perto de sua casa em Nova AndradinaA Polícia Civil de Nova Andradina, por meio da SIG (Seção de Investigações Gerais), esclareceu o desparecimento da criança Vitor Figueiredo Rodrigues Peixinho, de 10 anos. A criança desapareceu na manhã de domingo, 11/03/2018, por volta das 8h00, no trajeto de sua casa à casa da avó materna, a apenas uma quadra e meia de distância, entre as moradias. O padrasto havia cortado o cabelo de Vitor, que banhou-se e se dirigiu à casa da avó, onde sua mãe já o aguardava, pois iriam passar o dia juntos em comemoração a um aniversário familiar. Enquanto o padrasto de Vitor tomava banho e outros filhos menores, de 6 e 4 anos o aguardavam, a vítima saiu de casa com destino à casa da avó, mas nesse curto caminho, foi abordado por seu algoz, sem que ninguém tivesse visto tal abordagem. Poucos minutos depois, a mãe de Vitor telefona para o esposo pedindo para que o menino levasse uma panela de pressão na casa da avó, onde já encontrava, quando foi informada pelo marido de que o mesmo já havia ido para casa da avó. Como não chegou no destino tão próximo, saíram à sua procura e não mais o encontraram, o que motivou o registro de ocorrência de seu desaparecimento na Polícia Civil. Desde então, os investigadores criminais da SIG foram acionados e entraram no caso, visto que, a forma e rapidez, bem como, a idade e a análise do perfil do garoto, indicavam que algo poderia ter-lhe acontecido e não seria um desaparecimento momentâneo e espontâneo, de livre vontade, mas sim uma ação de terceiros que poderiam ter interceptado seu curto trajeto e diminuto lapso temporal. As buscas e diligências policiais iniciaram-se já no domingo, com empenho e ajuda de familiares, vizinhos e amigos, mas, infelizmente, Vitor só foi encontrado no amanhecer de terça feira, dia 12/03/2018, sem vida, cujo corpo estava sobre um telhado de uma casa, de esquina, situada na vizinhança de sua moradia, uma cobertura de garagem de veículos, já em estado de putrefação, indicando que foi morto há dias e colocado naquele lugar. A Perícia Criminal realizou os exames técnicos no local, bem como, o corpo de do menino submetido a exame necroscópico no IML, logo em seguida, o que corroborou com a investigação criminal fornecendo elementos essenciais à elucidação do caso. Nessa altura, não mais havia dúvida de que Vitor sofreu morte violenta provocada por terceiro, ou seja, foi vítima de homicídio doloso. Diante das evidências, os investigadores criminais da SIG lograram êxito em identificar o suposto autor do crime, até então, totalmente fora do cenário que se desenvolvia. O adolescente E.M.S., morador vizinho da casa onde foi encontrado o corpo da vítima, exatamente na divisa de muro com o telhado onde o corpo da vítima foi encontrado, o que levantou as suspeitas compatíveis à dinâmica do evento, cujo autor só poderia ser alguém daquele meio social e conhecedor da localidade, da comunidade local. E. de 17 anos, foi localizado na tarde de ontem e confessou o crime aos investigadores criminais. Declarou que passou a madrugada de sábado para domingo na balada no Distrito Industrial e ao amanhecer dirigiu-se ao bairro Argemiro Ortega, onde mora seu pai, se deparando com a criança andando na rua, o abordou oferecendo-lhe um tênis e conseguiu arrebanhar a vítima para dentro da casa de seu pai, um ambiente que lhe é familiar e conhecido, embora não fosse morador da casa. A intenção do adolescente infrator: abusar sexualmente da criança. No interior do imóvel, sozinho com a vítima, visto que os moradores estavam ausentes, foram ao Distrito de Casa Verde na noite anterior (sábado) e retornaram apenas domingo à noite, E. teve o ambiente propício e tempo necessário ao seu intento, mas a vítima reagiu, começou a chorar e gritar e para silenciá-la acabou por enforcá-la, por meio de esganadura. Segundo o adolescente infrator, ele não conseguiu consumar o ato sexual com a criança, havia conseguido despi-la, tirar um calção que trajava, o que justifica Vitor ter sido encontrado nu com o calção ao seu lado, bem como, uma blusa vermelha pertencente à E., elementos probatórios que convergem com a versão do autor do ato infracional. Ainda segundo o adolescente infrator, ele próprio colocou a vítima, já sem vida, sobre os ombros e o colocou sobre o telhado da casa da vizinha, que por sua vez, ante o mau cheiro do corpo em decomposição pediu para que olhassem para ela o que tinha sobre o telhado e cheirava mau, momento do encontro do cadáver da vítima. No telefone celular do autor, os investigadores criminais encontram conteúdo de diálogo mantido com sua mãe, no qual expressava preocupação com o ato que havia praticado, disse ter matado uma pessoa, não declinando quem, como e os motivos, mas que precisaria fugir, esconder-se. A Polícia Civil concluiu imediatamente o Auto de Apuração de Ato Infracional, sem qualquer dúvida quanto à autoria do homicídio de Vitor, encaminhando o expediente à Promotoria de Justiça, que por sua vez representou à Vara da Infância e Juventude o pedido de internação, imediatamente acatado pelo Juízo competente, ante a gravidade do ato praticado pelo adolescente. E. deverá ser recambiado à UNEI de Dourados, onde deverá permanecer internado provisoriamente pelo ato infracional cometido. A Polícia Civil agradece a mobilização de toda a população que colaborou com os investigadores criminais, enaltecendo os trabalhos periciais dos Peritos Criminais durante o levantamento de local de crime, a perícia necroscópica do Médico Legista, os quais forneceram os elementos essenciais ao êxito da investigação criminal, a rápida mobilização do Ministério Público e acatamento do Juízo da Infância e Juventude, o que pode promover resposta ao sentimento de Justiça, claramente manifesto e reivindicado pelo povo na tarde ontem, assim como a cobertura disciplinar e ética dos veículos de comunicação.