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Polícia investiga se menino era capaz de se jogar de janela de prédio em SP

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
A Polícia Civil investiga se o menino Gustavo Souza Storto, de 5 anos, que caiu do 26º andar do prédio em que morava, em Taboão da Serra, perto da Rodovia Régis Bittencourt, na Grande São Paulo, na noite desta quinta-feira (17), tinha condições de se jogar da janela do banheiro do apartamento em que morava. O caso foi registrado como morte suspeita.O SPTV mostrou que a janela do banheiro de apartamento vizinho, igual a do apartamento de Gustavo, tinha 1,60 m de altura, e 60 cm de largura. Duas cadeiras, uma maior embaixo, e uma menor, infantil, em cima, foram encontradas próxima à janela.A polícia ainda aguarda laudo sobre a trajetória da queda do menino e outro para verificar se o menino tinha marcas de agressão.Ao registrar boletim de ocorrência, a mãe informou à polícia que deixou o menino dormindo sozinho e foi buscar o namorado na Estação Morumbi da CPTM, na Zona Sul da capital. Quando chegou, pouco antes da meia-noite, encontrou as luzes acesas e duas cadeiras no box do banheiro. Ao olhar para baixo, viu o garoto no estacionamento. Imagens de câmeras também serão analisadas para confirmar se a mãe saiu e chegou no horário que informou à polícia.A mãe, a farmacêutica Juliana Souza Storto, disse à polícia que pode comprovar por mensagens do aplicativo Whatsapp que foi buscar o namorado. O celular foi apreendido e será analisado.O delegado Albano Fernandez disse ao SPTV que, por ora, não há nenhum indício de que a morte tenha sido criminosa. A fatalidade é a principal linha de investigação, segundo o SPTV.TestemunhasA Polícia Civil já ouviu nove testemunhas sobre o caso: três policiais que atenderam a ocorrência, dois funcionários do prédio, sendo um deles o porteiro que trabalhava no edifício na noite de quarta, dois moradores, a mãe do menino e o namorado dela.Novas testemunhas serão ouvidas na tarde desta quinta (17) e pretende ainda colher o depoimento do pai do garoto, Giovanni Storto, nos próximos dias. O pai já foi ouvido informalmente no Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra.Um vizinho de Gustavo, que mora três andares abaixo, disse que ouviu uma gritaria pouco antes da queda na noite desta quarta-feira.Eu estava assistindo o jogo, tinha acabado de terminar o jogo, fui para a sacada tomar um vento, vi o movimento, daqui a pouco eu escuto uma gritaria e um silêncio. De repente, eu vejo o corpo caindo e espatifando no chão, disse o vizinho Reinaldo Costa Júnior, que mora três andares abaixo do apartamento do menino.Eu e minha irmã descemos para tampar o corpo porque tinha criança embaixo, para não ver o estrago. A gente desceu correndo, pegou uma manta, tampou o corpo e foi chamar o segurança, completou o vizinho.Outro vizinho, o professor Fábio Garcia Kiss, do 1º andar, também estava assistindo ao jogo de futebol, e disse que ouviu um barulho seco, muito grande. Uma vizinha gritou pelo amor de Deus, eu desci e encontrei o corpo no estacionamento, disse.Tanto Fábio como Reinaldo afirmaram que o menino estava vestido, com tênis e segurava uma mochila ou lancheira. A Secretaria da Segurança informou que a lancheira foi apreendida.“Nós ouvimos uma gritaria e criança chorando. Pensamos que era normal, mas eu estava na cozinha e meu filho falou: mãe, olha lá embaixo, um corpo”, disse a vizinha Sueli Andrade Dantas ao SPTV.Inicialmente, dois vizinhos disseram ao SPTV que ouviram uma briga entre a mãe e o namorado antes do acidente. Mas, por meio de nota, a Secretaria da Segurança informou que uma pessoa que deu entrevista sobre a briha desmentiu em depoimento.O Conselho Tutelar de Taboão ao informou que não recebeu nenhuma denúncia de maus-tratos contra Gustavo.EnterroO pai de Gustavo, Giovanni Storto, foi ao IML da cidade para liberar o corpo do menino na manhã desta quinta-feira (17). Ele e a mãe do menino se separaram há menos de quatro meses e ele não morava mais com o filho.Ele é lindo, disse Giovanni muito abalado e chorando sem parar. Giovanni estava acompanhado da mãe, avó do menino, e não quis gravar entrevista. O corpo de Gustavo será enterrado no Cemitério de Itapevi, também na Grande São Paulo.