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Polícia prende haitiano suspeito de mandar matar presidente do país

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
O chefe da Polícia Nacional do Haiti, Leon Charles, fala durante uma entrevista coletiva sobre o assassinato do presidente do país, Jovenel Moise, em em 11 de julho de 2021 A polícia do Haiti anunciou no domingo (11) a prisão de um cidadão haitiano que vive nos Estados Unidos e contratou os mercenários suspeitos de assassinar o presidente do país, Jovenel Moise.O diretor-geral da Polícia Nacional, Léon Charles, afirmou que Charles Emmanuel Sanon, de 63 anos, entrou no Haiti a bordo de um avião particular com objetivos políticos.Nas redes sociais, Sanon se diz médico e já publicou vídeos e mensagens em que fala sobre a política no Haiti há dez anos.Charles diz que Sanon chegou ao Haiti em junho, acompanhado de colombianos contratados para fazer a sua segurança, mas então a missão mudou. A missão era deter o presidente da República, e daí se montou a operação.Os colombianos foram contratados por meio de uma empresa de segurança venezuelana chamada CTU, que tem sede na Flórida, e a polícia chegou a Sanon após interrogar os colombianos detidos.Segundo Charles, os suspeitos de matar o presidente ligaram para Sanon quando foram cercados.Quando nós, a polícia, bloqueamos o avanço desses bandidos depois de terem cometido seu crime, a primeira pessoa para quem um dos agressores ligou foi Charles Emmanuel Sanon.O chefe da polícia disse que, na sequência, Sanon entrou em contato com outras duas pessoas que consideramos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise. A identidade destes dois suspeitos não foi revelada.Charles Emmanuele Sanon Militares colombianosA polícia haitiana divulgou na quinta-feira (8) que ao menos 28 pessoas participaram do crime: 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana.O governo da Colômbia anunciou no mesmo dia que investiga se parte dos presos pelo assassinato do presidente do Haiti são militares.Já o governo de Taiwan revelou na sexta-feira (9) que 11 homens armados invadiram sua embaixada em Porto Príncipe após a morte e autorizou a polícia haitiana a entrar no local e prender os suspeitos.A pedido do governo haitiano — e para ajudar na detenção dos suspeitos —, a embaixada deu permissão à polícia haitiana para entrar no perímetro da embaixada, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, Joanne Ou.Ajuda americanaMembros do governo americano chegaram ao Haiti no domingo para ajudar nas investigações e se reuniram com o diretor-geral da Polícia Nacional. São funcionários do FBI (a Polícia Federal dos EUA) e dos departamentos de Estado, de Justiça e de Segurança Interna.A delegação americana também teve reuniões em separado com os principais atores políticos locais, entre eles o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, e o presidente do Senado, Joseph Lambert.Eu me reuni com a delegação americana e, juntos, valorizamos a resolução do Senado que me elegeu presidente interino da República, afirmou Lambert.Vácuo de poderHá controvérsias sobre quem deve comandar o país após a morte de Moise.O primeiro-ministro interino, Claude Joseph, chegou a assumir, também interinamente, a presidência do país e no mesmo dia decretou estado de sítio por 15 dias.Pela Constituição haitiana, o presidente da Suprema Corte do país estaria na linha sucessória, mas ele morreu de Covid-19 no mês passado e ainda não foi substituído.Na sexta (9), Joseph Lambert foi declarado presidente interino do Haiti pelo Senado.Presidente assassinadoInúmeras perguntas sem respostas permanecem cinco dias após o assassinato de Moise, que foi morto a tiros em sua casa, durante a madrugada da quarta-feira (7).A primeira-dama, Martine Moise, foi baleada e hospitalizada. Gravemente ferida, ela foi transferida para Miami, nos Estados Unidos, onde segue internada.Os três filhos do casal, Jomarlie, Jovenel Jr. e Joverlein, estão em um local seguro, segundo as autoridades.Moise levou 12 tiros e foi encontrado no chão, de costas, e coberto de sangue. O escritório e o quarto do presidente foram saqueados.