A Polícia Federal de Ponta Porã, deflagrou na manhã desta terça-feira (26), a Operação “Falsário”, com o objetivo de desmantelar organização criminosa acusada de praticar diversas fraudes, especialmente falsificação de documentos públicos com o objetivo de promover o ingresso de estrangeiros em território brasileiro.Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Campo Grande, sendo três na Capital e dois em São Gabriel do Oeste. A operação comandada pela PF de Ponta Porã dispôs de cerca de 20 policiais para realizar os mandados, e na manhã de ontem (26), cerca de 10 agentes realizaram buscas em uma casa no bairro Vila Bandeirantes região sudoeste de Campo Grande.De acordo com Glauber de Carvalho Araújo, delegado da Polícia Federal de Ponta Porã, as investigações da operação começaram em 2014, quando um homem, que disse ter nascido em Pequim na China, tinha a nacionalidade Palestina. Com ele foram encontrados diversos outros documentos, como RG, CPF e carteira de reservista, todos falsos. A polícia não divulgou o nome, mas o homem foi preso em flagrante pelo crime de uso de documentação falsa.De acordo com Cléo Mazzotti, delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, informações dadas pelo homem preso em flagrante, levaram a PF até um grupo criminoso que falsificava certidões de nascimento a partir de um funcionário do cartório de Areado, distrito de São Gabriel do Oeste a 125 quilômetros de Campo Grande. Ele teria falsificado diversos outros documentos. “Foi constatado que cada documento era emitido após o pagamento de R$ 10 mil reais em depósito bancário”, informou Mazzotti.O delegado Glauber de Carvalho Araújo informou que os alvos da operação são brasileiros que intermediavam as negociações do cartório e que as investigações continuam. “Os envolvidos devem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, associação criminosa e uso de documento falso” pontuou o delegado.A operação recebeu o nome de ‘Falsário’ por conta da ação praticada pelo grupo, para obter documentos falsos. Os materiais que foram apreendidos, como celulares, computadores e documentos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande.