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Sinpol-MS ameaça paralisar atividades caso sistema de registro de boletins não volte a operar

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(Foto: Divulgação)
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul pode paralisar as atividades por tempo indeterminado caso o Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional) não volte a funcionar até sábado (17). A metida será discutida pelos policiais em uma assembleia geral na sede do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do MS) em Campo Grande.É através do Sigo que a Polícia Civil, Militar e também o Corpo de Bombeiros, registra boletins de ocorrência e verifica antecedentes criminais e placas de veículos. Nesta segunda-feira (12) o sistema ficou fora do ar pela terceira vez no ano, deixando órgãos externos como, Ministério Público, Defensoria Pública e veículos de imprensa estão sem acesso e dificultando os atendimentos nas delegacias, uma vez que o software é uma das principais ferramentas utilizadas pela policiais para registrar crimes, cruzar dados de criminosos e fazer estatísticas. Há cerca de três meses o sistema estava parcialmente indisponível devido a problemas contratuais entre a empresa fornecedora do programa e o governo estadual. “Enquanto a administração estadual não resolve a situação, a população e os policiais civis estão sendo prejudicados. O registro de ocorrências está demorando horas e não há como fazer o cruzamento de informações. O trabalho da Polícia Civil está retrocedendo décadas, pois as ocorrências estão sendo registradas em livros e arquivos no computador sem a perspectiva de quando o SIGO voltará a funcionar”, afirmou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda. Na maioria das delegacias, os delegados instruíram a abertura, em caráter excepcional, de um livro para registro de boletins de ocorrência para ser lançado posteriormente no SIGO quando o sistema voltar.O Sinpol-MS oficiará a Delegacia-Geral, a Sejusp e o Governo do Estado cobrando a solução para o impasse. “Esperamos que este governo realmente haja de forma diferente dos antecessores e que trate a Segurança Pública com prioridade. O policial civil não tem como servir e proteger a sociedade sem o fornecimento das ferramentas adequadas de trabalho”, declarou o sindicalista.No próximo sábado (17), às 09h0min, a categoria se reunirá em Assembleia Geral na sede do Sinpol-MS em Campo Grande para debater, dentre outros assuntos, a paralisação das atividades por tempo indeterminado caso o SIGO não volte a operar. Se aprovada, essa será uma ação inédita dos policiais civis que farão o movimento paredista com o objetivo de reivindicar condições de trabalho.  (Com Assessoria-Sinpol)