O porteiro desempregado Heronildo Martins de Vasconcelos, 45 anos, foi preso em casa, nesta quarta-feira (2) pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba, que investiga o crime. Ele nega as acusações e teve a prisão temporária decretada pela Justiça.Segundo a polícia, ele não conhecia a vítima ou sua família e a escolheu por acaso. Os exames indicam que Aline foi estuprada antes de ser morta. Ela resistiu ao ataque e lutou com o agressor, conforme apontam marcas nos braços. Exames de DNA mostraram que resíduos de esperma encontrados na vítima eram compatíveis com material colhido do suspeito.O exame realizado com pedaços de pele colhidos sob as unhas de Aline também deu positivo. Vasconcelos já tinha passagem na polícia por tentativa de estupro, em 2012. A vítima saiu para comprar fraldas para a filha de 1 ano e 9 meses e não voltou para casa, na região do bairro Pedágio.Imagens de câmeras mostram a jovem caminhando em direção a uma farmácia, no interior do estabelecimento e voltando para casa. Uma das gravações mostra um homem seguindo-a quando decidiu cortar caminho por uma trilha, em um trecho de mata. Segundo a polícia, esse homem seria o acusado.Na manhã seguinte ao ataque, ele foi a um velório, furtou uma garrafa de álcool gel e voltou ao local do crime para incinerar o corpo, encontrado parcialmente queimado. A família deu queixa do desaparecimento de Aline e as buscas foram iniciadas no mesmo dia. Além da polícia, que usou cães farejadores, vizinhos e moradores se mobilizaram. O corpo foi encontrado três dias depois, em meio ao matagal.A polícia ouviu 30 pessoas e analisou mais de 100 horas de imagens recolhidas em câmeras de vigilância e monitoramento. Também foram colhidas amostras para exames de DNA de quatro suspeitos, entre eles o homem preso. Heronildo vai responder pelos crimes de estupro e homicídio qualificado. Até a manhã desta quinta-feira o suspeito não tinha constituído advogado para defesa e, por isso, a reportagem não conseguiu contato.