20/10/2014 01:20:00
A baixaria, acusações consideradas infundadas, mentiras e manipulações de informações transformaram a campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul numa guerra que atingiu até família de lideranças políticas. O ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB), terceiro colocado na disputa pelo governo do Estado, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com Notícia Crime para processar o senador Delcídio do Amaral, candidato do PT à sucessão estadual, pelas ofensas e acusações graves e sem provas. Nelsinho requer ainda a manifestação da Procuradoria-Geral da República para propor ação penal contra o senador. A ideia do ex-prefeito é a cassação do mandato de Delcídio pelos crimes praticados na campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul.
A revolta de Nelsinho é ter virado ao lado de sua família alvo de ataques de Delcídio depois que decidiu apoiar a candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), no segundo turno das eleições, ao governo estadual. Delcídio usou o programa eleitoral gratuito para acusar Nelsinho de integrar a “Máfia do Câncer”, desmontada pela Polícia Federal. Nas investigações, o nome de Nelsinho nem sequer foi citado. Mas Delcídio procurou induzir o eleitor incluindo o ex-prefeito no esquema. “Eles estão juntos. Reinaldo e Nelsinho e toda a turma da ‘Máfia do Câncer’ e dos escândalos da saúde. E essa a mudança que você quer? Mudar pra pior? Não, compare e vota, Delcídio 13, governador”, diz o trecho da propaganda do candidato petista.
Para a defesa de Nelsinho, Ricardo Trad, “dentro deste contexto, ao ligar o noticiante (Nelsinho) à ‘Máfia do Câncer’ e a ‘escândalos da saúde’, o representado (Delcídio) praticou, por 7 vezes o delito de difamação na propaganda eleitoral, previsto no artigo 325 no Código Eleitoral”. De acordo com este dispositivo, a pena para esse tipo de crime é de detenção de três meses a um ano e pagamento de 5 a 30 dias-multa.
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