Marina Rodrigues MARINA RODRIGUESDesigner, joalheira e tape artista. Marina Rodrigues tem muitas profissões, todas ligadas à arte – universo em que vive desde a infância. A mãe pintava em aquarela, o que inspirava Marina, ainda criança, a criar peças sequenciais e temáticas nas paredes de casa. Com o avô, a artista conheceu o design de mobiliário e a marchetaria. E com a tia, artesanato, decoração e joalheira – esta última também é uma de suas profissões. Foi apenas após oito anos criando joias e acessórios que Marina descobriu a tape arte. Em um momento de renovação pessoal e profissional, saiu de Piracicaba, cidade onde nasceu, para morar em Campinas. Na hora de decorar seu novo ateliê, a ideia de aplicar uma peça diretamente na parede com fitas adesivas chamou sua atenção e, desde então, cada dia é uma nova busca por inovação, tanto de materiais, quanto de superfícies. Teto, chão, portas e onde mais a imaginação permitir, Marina imprime sua arte, que é inspirada no universo urbano com influências do abstracionismo geométrico dos anos 1920.O projeto Arquicostura, da espanhola Raquel Rodrigo, borda paredes usando a técnica do ponto cruz Raquel Rodrigo RAQUEL RODRIGODesde criança a espanhola Raquel Rodrigo sempre gostou de artes manuais, tanto de desenhar, quanto criar pequenos objetos com o que quer que encontrasse pela frente. Foi natural a escolha pelas artes na universidade e, durante a graduação, Raquel descobriu sua grande paixão: a concepção de espaços. Naturalmente, direcionou os estudos para o design de interiores e fachadas. Logo começou a trabalhar como cenógrafa e vitrinista, e no meio das tantas obras que executava, surgiu o convite para criar a fachada de uma loja de costura. Raquel precisava transmitir o que acontecia dentro do empreendimento, do lado de fora. Dos materiais que encontrou na loja, veio a ideia: que tal bordar as paredes com ponto cruz? Nascia ali, em 2011, o seu projeto Arquicostura, que já estampa muitas das ruas de Madri. A inspiração vem das esquinas por onde passa, dos filmes que assiste, das viagens que faz e muito mais. Mas a pluralidade de referências faz um contraponto com o único objetivo que a artista tem ao criar: despertar emoções e fazer sorrir quem esbarra com elas.