A 10ª Promotoria de Justiça de Dourados instaurou procedimento administrativo com um posto de combustíveis e seus proprietários por promover festa em espaço fechado que causou aglomeração no dia 13 de dezembro. O edital de abertura foi publicado na edição desta quinta-feira (7) do DOMPMS (Diário Oficial do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). O evento ocorreu em um espaço de eventos pertencente aos investigados. Os organizadores do evento alegaram que tinha autorização para promovê-lo.Na portaria que instaurou o procedimento, Rosalina citou que a prefeitura da cidade publicou decreto que limita as atividades comerciais, que devem obedecer as medidas sanitárias de prevenção à Covid-19. Ela destaca ainda que a maioria dos participantes do evento usava máscara de proteção ou adotava o distanciamento social.“É inquestionável a leviandade, irresponsabilidade, absoluto egoísmo por parte dos responsáveis pela realização do evento, sobretudo nos dias atuais, em que, malgrado todos os esforços para conter o contágio das pessoas, há um crescimento exponencial e incontrolável do número de pessoas infectadas, nas últimas semanas estão ocorrendo mortes diárias de pacientes por Covid-19, e além de tudo, os leitos de UTI exclusivos para adultos estão todos com a ocupação máxima nesta urbe, devendo-se considerar que Dourados é uma macrorregião responsável por 33 municípios”, escreveu a promotora.Foi anexado ao procedimento um ofício à Rosalina relatando a fiscalização do decreto da prefeitura em 13 de dezembro. O MPMS presta apoio às equipes da Visa (Vigilância Sanitária Municipal) e da GMD (Guarda Municipal de Dourados).A festa teria sido autorizada pela prefeitura, mas as equipes foram ao local após receber denúncias de aglomeração. No espaço, um dos organizadores admitiu aos agentes que perdeu o controle do plano de biossegurança e decidiu encerrar o evento.A promotoria deu dez dias para os investigados prestarem esclarecimentos.