A carga tributária chegou a 32,38% de tudo o que o país produz – o PIB (Produto Interno Bruto), em 2016, informou ontem (27) a Secretaria da Receita Federal. Houve aumento de 0,27 ponto percentual em relação a 2015, quando a arrecadação de tributos correspondeu a 32,11% do PIB.Um dos fatores que influenciaram o resultado foi a queda do PIB em 2016, com redução real de 3,5% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 6,26 trilhões.Segundo a Receita, essa variação também foi influenciada pelo Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária, conhecido como Lei da Repatriação. Esse regime permitiu a regularização de recursos, bens ou direitos remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no país, que não tinham sido declarados ou que tinham sido declarados incorretamente.Sem o regime, a carga tributária teria se reduzido em 0,10 ponto percentual em 2016, comparado ao ano anterior, ficando em 32,01% do PIB.TributosDentre os tributos federais, os que mais contribuíram para o aumento da carga tributária foram o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), que foram responsáveis por um aumento de 0,56 ponto percentual.As maiores reduções foram do PIS/Cofins, Imposto de Importação, Imposto de Exportação e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que responderam por um decréscimo de 0,43 ponto percentual.Quanto aos tributos estaduais e municipais, a Receita diz que houve decréscimo naqueles que incidem sobre a produção de bens e serviços (ICMS e ISS), responsáveis pela redução de 0,06 ponto percentual.
Carga tributária sobe para 32,38% do PIB em 2016, informa Receita
Redação, EBC/DA
28/12/2017 às 02:00 •