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Com dólar em alta, preço do pão e afins fica 10% mais caro a partir do dia 1º

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(Foto: Divulgação)
A alta cotação do dólar frente à moeda brasileira pressiona a indústria e o panificador, que compra 90% do trigo de fora, poderá ser obrigado a repassar isso para o preço final do pão francês e produtos afins. Um panificador de Dourados. José Roberto Ribeiro Pinto, diz que, apesar das constantes altas do câmbio da moeda americana, ainda não elevou o preço do francês.O empresário que trabalha com estoque de trigo, ainda não sentiu a necessidade de reajuste. Mas isso é uma questão de tempo.Segundo José Roberto, nos últimos 40 dias, o preço do trigo importado da Argentina, Estados Unidos, Canadá e Rússia foi reajustado em pelo menos 10%. “Estamos segurando os preços até onde dá, ainda não mexemos nos valores, vamos aguardar mais uns dias. Ainda temos estoque de farinha.A maioria dos panificadores trabalham desta forma, de modo que ainda dá para segurar”, observa José Roberto. Ele estima que o preço do pãozinho deverá ser reajustado entre 7% até 10%, a partir de 1º de outubro.De acordo com a Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems), no acumulado do ano, a moeda americana já subiu 48% e o trigo tornou-se mais um vilão para o segmento da panificação, pois, à medida que baixam os estoques dos moinhos, novas sacas já chegam com o preço reajustado e o aumento do custo da matéria-prima encarece toda a cadeia do pão.Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul (Sindepan/MS), Marcelo Alves Barbosa, a matéria-prima comprada pelas padarias já tem chegado com um aumento entre 3% a 4%.“Entre fevereiro e março já tivemos uma alta e agora em setembro tivemos outro reajuste no preço do trigo, obrigando as indústrias da panificação a repassarem o aumento”, informou. ]Atualmente, o preço do pão francês varia de uma padaria para outra, mas chega a custar de R$ 9,90 a R$ 12,80 o quilo já com o reajuste de 5% provocado pela alta do trigo.Ele recorda que, até o início de setembro, mesmo com a alta do dólar, dos insumos e dos impostos, a indústria da panificação e confeitaria de Mato Grosso do Sul estava mantendo o preço do pão francês devido ao bom estoque de trigo por parte dos moinhos que fornecem a farinha para as empresas do segmento. “Agora, com o fim desse estoque, ficou impossível segurar o reajuste”, pontuou.O presidente do Sindepan/MS acrescenta ainda que outros insumos como óleo, açúcar, fermento e embalagens também ficaram mais caros