Energisa ainda não divulgou valor que deve aumentar na conta de luz dos sul-mato-grossenses Além de todos os encargos, tributos e as bandeiras tarifárias, a conta de luz do consumidos sul-mato-grossense ficará 1,6% mais cara após anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) do aumento extraordinário de R$ 1,9 bilhão no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).O valor será repassado ao consumidor por meio da tarifa de energia, na conta de luz das distribuidoras de energia que ainda passarão por reajustes tarifários neste ano. Para as demais, o valor deverá ser compensado nos processos do ano que vem como componente financeiro.A CDE é usada para custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, como o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda; programas como o Luz para Todos; pagamento de indenizações a empresas e compra de parte do combustível usado pelas termelétricas.Segundo a agência, o aumento se deve, entre outros fatores, ao acréscimo de 20% nos descontos tarifários concedidos aos usuários dos serviços de distribuição de energia elétrica, em decorrência da migração de consumidores especiais de energia (com carga mínima de 500 quilowatts) para o chamado mercado livre.Também pesou a inclusão de mais recursos para cobrir os gastos da Conta de Consumo de Combustíveis (CC), sendo que o montante maior de recursos irá para o acionamento de usinas termelétricas em Roraima, por conta da eventual interrupção do fornecimento de energia elétrica da Venezuela para o Estado.Segundo a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul (Concen/MS), Rosimeire Costa, todo ano há o reajuste da CDE, que acaba sendo influenciado por diversos fatores.“Os custos das termelétricas no Norte do país, a volatilidade do dólar também impacta, entre diversos outros fatores. Solicitamos à Energisa um levantamento local para termos uma noção do valor que deve impactar as contas do Estado, mas até o momento não fomos respondidos. Temos apenas o índice de 1,6% que será aplicado no Centro-Sul, incluindo Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país”, explicou.A atuação do Concen e outros conselhos de consumidores evitou que o aumento nas contas de luz fosse ainda maior. Anteriormente, a Aneel tinha divulgado que o aumento seria R$ 231 milhões a mais.“A atuação dos conselhos de consumidores foi importante nesse resultado, considerando nossa manifestação de que só se pode prever o que efetivamente pode ser executado. Assim, o Ministério das Minas e Energia (MME) divulgou a portaria 353 especificamente para permitir a redução do PLPT”, comemorou a presidente do Concen, Rosimeire Costa, que integra a Comissão de Apoio ao Processo Regulatório sob a Perspectiva do Consumidor.