Quase dois meses após o governo do Estado reduzir por tempo indeterminado a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel em Mato Grosso do Sul — a queda foi de 17% para 12% —, o combustível poderá ficar até 3,62% mais caro no Estado, a partir de 1º de agosto. De acordo com nova tabela do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União, o diesel S-10 terá aumento no valor de referênca a ser aplicado no mercado estadual, passando de R$ 3,4887 para R$ 3,6149, enquanto para o óleo diesel, a alta será de 3,54%, saindo de R$ 3,3837 para R$ 3,5036. As elevações, respectivamente de 12 e 11 centavos por litro, decorrem de reajustes na pauta fiscal dos combustíveis, que não ocorriam desde o início de junho.Ainda conforme o ato da Comissão Técnica Permanente (Cotepe) do Confaz, apenas dois produtos terão queda no valor de referência em Mato Grosso do Sul: a gasolina comum e o etanol. Seguindo trajetória inversa à do último reajuste, a gasolina comum deve ficar 1,61% mais barata no Estado, chegando ao preço de R$ 4,3727, ante R$ 4,4448, pela pauta fiscal em vigor, uma diferença de sete centavos por litro. No caso do derivado de cana, a redução será de 1,97%, saindo de R$ 3,3305 para R$ 3,2649, ou seis centavos a menos. Já a gasolina aditivada terá aumento de cinco centavos no valor de referência, indo de R$ 5,8355 para R$ 5,8943 (+1,01%).Outros combustíveisEntre os combustíveis, o maior porcentual de aumento é projetado para o querosene de aviação. A majoração é de 4,55% e o valor de referência do produto deve subir de R$ 3,1228 para R$ 3,1608, ou quatro centavos.Para o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, também haverá aumento, porém, em menor escala (+0,29%), saindo de R$ 5,6118 para R$ 5,6279. A tabela do Confaz também traz reajuste para o valor de referência do gás natural veicular (GNV), a partir de agosto no Estado: R$ 2,5799, frente a a R$ 2,5657 (aumento de 0,54%). PreçosDe acordo com mais recente levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), fechado no dia 21 deste mês, o litro do diesel vem sendo comercializado, em média, por R$ 3,430, em Campo Grande, e por R$ 3,474, no Estado. No comparativo com o preço médio apurado 14 semanas atrás pela agência (considerando o período anterior à greve dos caminhoneiros e a semana passada), houve queda nos valores comercializados na Capital e no Estado. Em Campo Grande, onde o diesel custava, em média, R$ 3,66, na semana de 13 a 19 de maio, o recuo foi de 6,71%; já para o preço médio estadual, de R$ 3,77, a redução foi de 8,52%.Quanto à gasolina, o litro do combustível vem sendo comercializado, em média, por R$ 4,138, em Campo Grande, e por R$ 4,266, no Estado. O mercado apresenta comportamento baixista decorridas 12 semanas após o fim da greve dos caminhoneiros, mesmo assim, abastecer com gasolina em Campo Grande ainda está 8 centavos mais caro (+2,17%): entre os dias 13 e 19 de maio, o litro do combustível custava na Capital R$ 4,05. ESTADOEm Mato Grosso do Sul, o preço médio da gasolina também não retornou ao patamar de antes da greve, conforme comparativo de preços da ANP. Há 14 semanas, o litro do combustível custava, em média, R$ 4,14 no Estado, 12 centavos a menos que o valor atual(R$ 4,266).Quanto ao etanol, o litro do derivado de cana recuou 10,20% nesse mesmo comparativo nos postos da Capital, indo de R$ 3,49, preço médio na semana anterior à greve, para R$ 3,134. No Estado, os dados da ANP também apontam redução (-7,51%) e o preço médio caiu de R$ 3,49 para R$ 3,228, no intervalo de seis semanas.(Com Correio do Estado)
Dois meses após redução do ICMS, diesel aumenta em Mato Grosso do Sul
Redação,
26/07/2018 às 03:00 •