O dólar virou para queda nesta quarta-feira, 8, com a expectativa de que o lockdown possa durar menos do que o esperado nos Estados Unidos e com o Banco Central voltando a atuar no mercado de câmbio. Pela manhã, a moeda chegou a registrar alta, tendo no radar o desenvolvimento dos casos de coronavírus nas principais economias do mundo. Embora o número de novos infectados continue em declínio em alguns países da Europa, na véspera, o estado de Nova York bateu recorde de mortos pela doença em um único dia.No Brasil, o dólar comercial cedia 1,5% às 16h e era vendido por 5,150 reais. O dólar turismo caía 1,3%, cotado a 5,43 reais. Se movimento de queda se estender até o fim do pregão, às 17h, esta será a terceira vez consecutiva que a moeda americana se desvaloriza frente ao real.A expectativa de que parte da economia americana retorne à atividade é ancorada pela notícia da Bloomberg de que a Casa Branca flexibilizar a quarentena em cidades menos afetadas pelo coronavírus. No entanto, a necessidade de se fazer mais testes em possíveis infectados é tido como crucial para o plano sair do papel.“Aquele pânico de voo para qualidade já ficou razoavelmente completo. O mercado tende a ficar mais tranquilo agora”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais.Os leilões de swap feitos pelo Banco Central também ajudaram a aliviar a pressão sobre o câmbio – prática que tem se tornado cada vez mais comum. Nesta quarta, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, disse que o BC poderia atuar de forma mais incisiva para prover liquidez.No exterior, a moeda americana tinha um dia misto. Entre as divisas de países emergentes, o rublo russo e o peso mexicano também ganhavam força contra o dólar. Já a lira turca e a rúpia indiana se desvalorizavam.(Com Exame)