O dólar oscilava levemente no início desta quinta-feira (25), após valorizar na véspera, com o mercado de olho no andamento das reformas econômicas no Congresso em meio à crise política e após violentas manifestações contra o presidente Michel Temer em Brasília.Às 10h39min, a moeda norte americana avançava 0,16%, vendida a R$ 3,2846.Está havendo uma tentativa de melhora do mercado. Todo o mundo está esperando o 6 de junho, disse à Reuters o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, ao destacar a data prevista para a votação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer formada para a disputa eleitoral de 2014.O Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de swap cambial tradicional (equivalente à venda futura de dólares) com oferta de até 8 mil contratos para rolagem do vencimento de junho.No exterior, o dólar operava em baixa ante uma cesta de moedas e ante algumas divisas emergentes, como os pesos mexicano e chileno, de acordo com a agência Reuters.VésperaNa véspera, o dólar fechou em alta de 0,39%, cotada a R$ 3,2791 na venda.Na reta final do pregão, o dólar chegou a atingir R$ 3,2833, segundo a Reuters, após as manifestações contra o presidente e as reformas em Brasília. A moeda abandonou a trajetória de baixa que vinha apresentando durante o dia (na mínima, a cotação chegou a R$ 3,2487) e passou a subir devido à incerteza que os protestos trouxeram aos agentes.Com os tumultos violentos entre policiais e manifestantes, os ministérios foram esvaziados e Temer autorizou o uso das Forças Armadas na capital - decisão que foi revogada nesta quinta-feira.Ações como as de ontem assustam os investidores que optam pelo refúgio naqueles ativos que representam mais segurança em momentos de crise aguda, justificou a corretora Correparti em comentário matinal.Em protesto à presença de militares na Esplanada, a oposição abandonou a Câmara. Com o plenário esvaziado, os deputados conseguiram aprovar sete medidas provisórias, incluindo uma que autoriza o reajuste salarial para diversas categorias de servidores públicos federais.Por mais que a dificuldade seja extrema, o governo está dando os últimos sopros no sentido que o mercado quer, o que gera uma certa tranquilidade, afirmou à Reuters o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti.Relembre a criseO Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda a conclusão da perícia no áudio gravado por Joesley Batista, dono da JBS, para julgar o pedido de Temer para suspender o inquérito contra ele. O presidente é investigado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.Os advogados do presidente, porém, dizem que os áudios são imprestáveis e que não veem mais necessidade da suspensão. Eles afirmam que preferem que a investigação continue para provar a inocência de Temer, que já declarou que não vai renunciar.(G1)
Dólar oscila levemente, com foco na cena política
Redação,
25/05/2017 às 03:00 •