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Preço do boi recua 13%, mas não chega ao varejo da carne

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(Foto: Divulgação)
De 18 cortes bovinos pesquisados na Capital, 8 tiveram majoração segundo levantamento Três meses após o mercado da carne bovina brasileira sofrer abalos em série, com a deflagração da Operação Carne Fraca – que denunciou esquema de pagamento de propinas envolvendo fiscais sanitários e frigoríficos em três Estados – e as delações da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato, mergulharem o País em clima de instabilidade política, o produtor sul-mato-grossense enfrenta queda livre nos preços pagos pela arroba do boi gordo (o valor  despencou 13% no período), mas no varejo o ritmo de redução ainda segue lento para o consumidor final do Estado.De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisa de Preços (Nepes) da Uniderp em supermercados e açougues de Campo Grande, o quilo da carne bovina ficou em média apenas 1,43% mais barato de março até este mês.O resultado, de acordo com o coordenador do núcleo, Celso Correia de Souza, decorre do excesso de oferta do produto nos pastos e da redução de abates no Estado – neste último caso, influenciada diretamente pela desaceleração do grupo JBS, que detém 40% do setor –; pela diminuição das exportações brasileiras de carne; e retração do consumo das famílias por causa da crise econômica, que ainda não arrefeceu.Essa soma de fatores contribuiu para que os preços,  dentro de um cenário de promoções dos estabelecimentos e migração do consumidor dos chamados cortes de primeira para os de segunda, ainda permaneçam elevados em geral. Ainda segundo o pesquisador, também há a questão da crise e o desemprego que permanece em níveis elevados no País, refletindo diretamente no poder de compra das famílias e na restrição do consumo.