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Preço do feijão sobe mais de 100% na Capital em um mês

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(Foto: Divulgação)
Os consumidores mais atentos têm percebido, nas últimas semanas, que um item essencial na mesa do brasileiro viu o preço disparar. A alta do feijão é visível nas prateleiras, fazendo com que o produto, encontrado em Campo Grande em 07 de maio, sendo vendido a R$ 5,99, chegue à casa dos R$ 11,99 –como constatado na pesquisa realizada por O Estado em quatro supermercados da Capital nesta sexta- -feira (10). Ainda assim, quem pesquisa consegue encontrar preços mais baixos, já que a variação entre o preço nas lojas chegou a quase 72%.Nesta sexta-feira, o Walmart vendia o quilo do produto, da marca Pantera, a R$ 6,98, ao passo que o Pires, o oferecia a R$ 11,99 o de rótulo Paquito. Extra (R$ 10,39, Sakura) e Comper (R$ 10,98, Paquito) também demonstraram elevação dos preços. Em todas as lojas, porém, o preço veio em ascensão nas últimas cinco pesquisas.Em 07 de maio, o Extra vendia o produto a R$ 5,99, enquanto o Walmart, com o preço mais alto naquela data, o negociava a R$ 6,78 – mais barato que o menor preço constatado ontem. Na semana passada, o produto era encontrado de R$ 6,99 (Pires) a R$ 8,98 (Walmart).Quebra na safra eleva preço do produto em vários locais do paísO feijão tipo carioca sofreu pelo menos três altas de preço em 2016, de acordo com estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos). A mais recente, em maio, apontou acréscimo de 8,01% no preço. Os outros reajustes aconteceram em março (5,19%) e fevereiro (10,38%).A alta não é uma exclusividade dos consumidores campo-grandenses. Quem tem ido às compras em cidades como Palmas (TO), Goiânia (GO), Recife (PE), São Paulo e Rio de Janeiro, dentre tantas outras, também encontrou o produto a preços mais altos. A justificativa para a diferença no preço, conforme agências de notícias, vem da quebra na primeira safra do ano, plantada no fim de 2015 e colhida em fevereiro.Em Minas Gerais, segundo maior produtor nacional, a queda na produção na comparação com a primeira colheita de 2015 chega a 30%, por conta de chuvas em janeiro que interferiram no crescimento das plantas. Como resultado, a saca de 60 kg chegou a ser vendida a R$ 480 nesta semana, o maior valor desde 2008 –que acaba sendo repassado ao consumidor final. Em junho de 2015, a saca de 60 kg era vendida no Estado vizinho a R$ 160.Em Minas, o produto subiu de R$ 5 para R$ 10 em uma semana, variando de R$ 8 a R$ 15 na capital tocantinense.No país, de 20 mil toneladas previstas para a primeira safra, foram colhidas 14 mil. E a perspectiva é de nova piora, desta vez pela razão oposta. A zona rural mineira padeceu de falta de chuvas em abril, com isso, a produtividade estimada em 65 mil toneladas deverá, também, ser menor.