Prepare o seu bolso! Um novo aumento de preços vem aí no mês que vem. Chegou a vez de pagar mais pelo botijão do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. A reportagem entrou em contato com dez revendedoras da Capital, na semana passada, e oito delas confirmaram que as distribuidoras já avisaram que haverá subida de preços em setembro: a previsão é de 9%, um pouco acima da inflação projetada para 2016 pelo Banco Central de 6,9%. O preço médio do botijão de 13kg em Campo Grande varia de R$ 45,90 a R$ 60, é o que estima Simpergasc (Sindicato dos Revendedores de Gás de Mato Grosso do Sul). A previsão é de que o aumento chegue ao consumidor a partir da segunda quinzena de setembro, quando as distribuidoras que atuam no Estado devem começar a cobrar mais pelo produto.“É o que comenta que o gás vai aumentar 9%. Já estamos comunicando os clientes para não pegar ninguém de surpresa. Este reajuste é comum em setembro. É o reajuste realizado todos os anos pelas distribuidoras. Aqui na nossa distribuidora o gás deve aumentar R$ 5”, disse o funcionário de uma revendedora de gás.Conforme o presidente da Simpergasc, Vilson de Lima, com o aumento em Mato Grosso do Sul o preço do gás deve chegar a R$ 69. Os principais motivos são o aumento salarial dos trabalhadores da indústria do gás – a convenção coletiva da categoria acontece no mês que vem, e as perdas que as revendedoras tiveram com o momento de recessão no país. “O aumento não vai amortizar a perda do período, porque perdemos muito e o aumento no preço é anual. Só esse ano mais de 40 revendas fecharam e esse número deve ficar maior até o final do ano”.O presidente ainda diz que o produto ficou em falta no período de maior comercialização, os dias frios. “A produção no país é de 75%, os 25% que vem de fora tiveram atraso na nacionalização. E ainda tivemos duas refinarias paradas, por conta de contaminação. Quando íamos ter um momento melhor nos deparamos com a falta do gás devido a esses problemas,” informa Lima.Na broncaHá cinco anos vendendo marmitas, Mauro Nogueira, 35 anos, morador do bairro Jardim Panamá, região oeste na Capital, já calcula os prejuízos que terá com o aumento do preço do gás de cozinha. Como recentemente aumentou o preço do prato em R$ 1 devido às altas dos preços do alho e do feijão, terá que absorver este novo reajuste e diminuir sua margem de lucro. “Infelizmente. Se aumentar o pessoal reclama e consequentemente diminui a freguesia”, disse.