Publicado em 04/12/2017 às 02:00,

Taxa básica de juros pode ser reduzida ao menor nível da história nesta semana

Redação, Agência Brasil
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(Foto: Divulgação)
A taxa básica de juros, a Selic, poderá chegar ao menor nível da história na próxima quarta-feira (06). A expectativa de instituições financeiras é que a taxa básica seja reduzida de 7,5% ao ano para 7% ao ano, na última reunião de 2018 do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).Se a expectativa se confirmar, será o décimo corte seguido na taxa básica. Em outubro, o Copom reduziu, por unanimidade, a Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. Com essa redução, a taxa se igualou ao nível de maio de 2013.De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015, patamar mantido nos meses seguintes. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.PrevidênciaO diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, também espera por redução de 0,5 ponto percentual na reunião desta semana, porque a inflação baixa permite mais esse corte.A expectativa do mercado financeiro é que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termine este ano em 3,06%, quase no piso da meta (3%). Essa meta tem como centro 4,5%. Para 2018, a previsão é que a inflação fique um pouco maior, mas ainda abaixo do centro da meta, em 4,02%.No próximo ano, devem pesar nas decisões do Copom preocupações com os gastos públicos e a não aprovação da reforma da Previdência. Com indicações de que a reforma possa não ser votada, o mercado financeiro enfrenta oscilações, com queda da bolsa e alta do dólar. O dólar mais caro pressiona a inflação com o aumento dos custos de bens importados.ReduçãoOutro fator que vai influenciar o movimento do mercado são as eleições no próximo ano, a depender de quem serão só candidatos e quais estarão à frente nas pesquisas. Isso pode trazer preocupações, disse Oliveira.