Feijão terminou o ano até 78% mais caro Aumento no preço dos alimentos, principalmente do feijão, que chegou a custar quase R$ 12 no ano passado, fez o consumidor campo-grandense sentir no bolso a inflação de 7,52% que foi registrada em 2016. Feijão preto encerrou o ano 78,67% mais caro e o carioca 45,71%.Dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro e Estatística (IBGE). Inflação acumulada do ano em Campo Grande foi a segunda maior entre as capitais do país. Conforme o IPCA, grupo que registrou maior alta de preços foi saúde e cuidados pessoais, com aumento nos preços de produtos farmacêuticos (11,38%), onde todos os remédios tiveram alta, e serviços de saúde (10,93%), onde ficou mais caro se consultar com médicos e dentistas.No geral, grupo de alimentos apresentou a quarta maior alta, com acumulado de 9,32%. No entanto, itens do grupo foram os que tiveram as maiores inflações.Além do feijão preto e carioca, maiores aumentos ocorreram nos preços da mandioca (63,70%), peixe sardinha (51,13%), leite condensado (58,58%) e açúcar cristal (45,86%).Itens que tiveram maior deflação também são do grupo alimentício, onde houve queda no valor da cebola (-50,28%), batata inglesa (-44,38%) e tomate (-44,38%).Todos os grupos tiveram inflação, sendo despesas pessoais (9,49%), puxado pela alta na comida para animais; educação (9,74%), com aumento nos itens de papelaria em geral; vestuário (7,94%), onde principal variação foi na roupa infantil; transportes (6,50%), com quase 50% de inflação no emplacamento e licença; habitação (4,86%), impulsionada pela alta na taxa de água e esgoto e materiais de pintura; comunicação (1,27%), com alta no serviço de TV por assinatura e internet; e artigos de residência, onde principal aumento foi nos itens de cama, mesa e banho. Em comparação com as outras capitais, inflação acumulada no ano em Campo Grande só foi menor do que a registrada em Fortaleza, que fechou 2016 com índice de 8,34%. Apesar disso, inflação foi menor do que a registrada em 2016, que foi de 10,45%.Índice também ficou acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).DEZEMBRONo último mês do ano, Campo Grande também teve a segunda maior inflação entre as capitais, com índice de 0,70%, com maiores altas nos grupos de transportes (2,40%), habitação (1,05%) e despesas pessoais (0,81%).(Correio do Estado)