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Volume de vendas no mês de abril foi 14% inferior ao mesmo período de 2015

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(Foto: Divulgação)
As vendas do varejo em Campo Grande têm apresentado números nada animadores. Segundo o economista da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Normann Kallmus, abril deste ano registrou movimento 14% inferior do que o mesmo mês do ano passado. “O Dia das Mães foi péssimo. Estamos em queda aqui, mês a mês só fica pior. O segundo bimestre do ano foi pior que o primeiro e esta é a tendência”.O presidente CDL-CG (Câ- mara dos Dirigentes Lojistas), Hermas Renan Rodrigues, também acredita que a data ficou distante de um resultado positivo. “Impulsionou positivamente, mas ficou distante de um resultado necessário comparativamente aos anos anteriores. Pouco pode influenciar na reversão por ser um momento sazonal. E ainda mais por ter sido um resultado inferior ao ano passado que já foi negativo”.A expectativa dos comerciantes era diferente, conforme mostrou reportagem de O Estado uma semana antes do Dia das Mães. A pesquisa sazonal de intenção de compras do IPF-MS (Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS) e do Sebrae - MS apontou que o Dia das Mães deveria movimentar R$ 159,46 milhões na economia do Estado, e que o valor médio gasto por pessoa com presentes para o 08 de maio era estimado em R$ 129,46, contra R$ 166 no ano anterior.No comércio, as apostas eram as vendas de eletroeletrônicos (como smartphones) e roupas –algumas lojas previam descontos de até 70% nos produtos de verão.IBGE aponta perdas no volume de vendas entre fevereiro e marçoO recuo do volume de vendas do varejo de março, comparado com fevereiro, foi de 1,1%.  O número é maior quando comparado março de 2015 ao mesmo mês deste ano, 5,6 %. Segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística), em março de 2016, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista nacional registrou recuos de 0,9% no volume de vendas e de 0,4% na receita nominalHermas Rodrigues diz que esse recuo se acumula há mais de dois anos. “Fruto da queda em nossa economia com as consequências diretas na vida do consumidor que diminuiu sua capacidade de compras já que as suas rendas não acompanharam os reajustes dos bens de consumo. Não obstante, a nossa Capital tem um componente que minimizou a queda maior das vendas: o agronegócio, que no Centro-Oeste é o diferencial”, disse.“A situação econômica por conta da alta da inflação, desemprego e queda de rendas da população influenciou diretamente no consumo. Nossa Capital, embora esteja sofrendo esse impacto negativo, ainda na média supera os resultados de âmbito nacional, justamente pelo agronegócio”, emendou Hermas.Empresários já tomaram medidas e agora aguardam decisões de cimaNormann Kallmus acredita que não há muito o que fazer para reverter o quadro atual. “Muitas empresas migram do Centro para os bairros como estratégia para diminuir custos. Ou reduzem a própria atividade. Não há muito mais o que fazer, porque o problema é que não tem mercado”.Para o presidente da CDL - CG, não depende dos empresários reverter a situação. “O que nos resta é acompanhar os últimos acontecimentos nacionais e acreditar que a política ajude a reverter isso. O índice de confiança dos empresários na reversão desse cenário, via congresso nacional, está bastante alto”, acredita Hermas.