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Treinando em Ivinhema, Ismaily dá adeus ao Shakhtar após nove anos

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(Foto: Divulgação)
Ismaily deixa o Shakhtar Pouco a pouco, cada um dos 13 brasileiros que faziam parte do elenco do Shakhtar Donetsk se despediu após o início da Guerra na Ucrânia. Vai caber ao lateral-esquerdo Ismaily encerrar uma longa relação do clube com o futebol do Brasil. Após nove anos, ele vai deixar o time ucraniano e será o último brasileiro a dar adeus à equipe.Em entrevista ao GE, Ismaily, de 32 anos, conta como dói ver o conflito em um país onde viveu por quase uma década. Desde o início de março, ele está no Brasil, em Ivinhema-MS, sua cidade natal, e avalia o futuro. Mas o lateral, que chegou a ser convocado por Tite na Seleção, entende que é hora de colocar um fim à longa relação com o Shakhtar.“A prioridade é fazer parte de um projeto sério no qual me sinta capaz de contribuir. Foram nove anos no Shakhtar, muitas conquistas e muito aprendizado, agora chegou a hora de novos desafios”, disse Ismaily.Ismaily nunca atuou profissionalmente no Brasil. Cria da base do Desportivo Brasil, ele foi para o Estoril, de Portugal, em 2009. Passou por Olhanense e Braga até chegar ao Shakhtar em 2013. O lateral não faz um jogo oficial desde dezembro do ano passado e diz que recebeu sondagens de times brasileiros. Mas quer ficar no futebol europeu.“Sempre priorizei voltar a Europa, mas conversei com alguns clubes brasileiros e existe sim essa possibilidade”, garante. O sul-mato-grossense foi convocado por Tite para os amistosos contra Rússia e Alemanha, em março de 2018. Ele não chegou a entrar em campo à época e não foi chamado pelo treinador desde então. No Shakhtar, Ismaily fez 228 partidas, marcou 16 gols e conquistou 13 títulos, entre eles seis edições do Campeonato Ucraniano.Ismaily tem mantido um ritmo de treinos em sua casa, em Ivinhema.O difícil adeus ao Shakhtar Ismaily tinha mais um ano de contrato com o Shakhtar, até junho de 2023. Segundo ele, em seu caso, foi o clube que optou por suspender o vínculo, após a Fifa permitir tal medida para os atletas que atuem em times ucranianos e russos. O brasileiro diz que, desde então, a equipe nunca mais entrou em contato.