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Naviraí: Mais vereadores serão julgados por denúncias de corrupção 

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(Foto: Divulgação)
População de Naviraí cobra punição a todos os envolvidos. Saiba MaisNaviraí: Três vereadores são cassados após quase sete horas de sessão e um renuncia ao cargoManifestantes acampam em frente a Câmara de Naviraí para pedir a cassação dos vereadoresNaviraí: PT-MS expulsa vereador apontado em participar do esquema de corrupçãoA sessão extraordinária realizada anteontem pela Câmara Municipal de Navirai, que culminou com as cassações dos mandatos dos vereadores Cicinho do PT (sem partido), Adriano José Silvério e Carlos Alberto Sanches, o Carlão (SDD) e com a renúncia de Marcus Douglas (PMN), foi primeiro passo para que todos os vereadores do município que respondem processos por corrupção percam seus cargos.Os próximos da lista são Elias Alves (Pros), Gean Carlos Volpato (PMDB) e Vanderlei Chagas (PSD) que respondem a comissões processantes e devem ser julgados em fevereiro. Todos estão encalacrados por causa das investigações decorrentes da Operação Atenas da Polícia Federal e do MPE (Ministério Público Estadual), que apontaram um grande esquema de corrupção no poder legislativo.Conforme a PF e o Ministério Público, vereadores, servidores públicos e empresários montaram um esquema de extorsão, desvio de dinheiro público, superfaturamento de contratos e até pagamentos de diárias para viagens que jamais foram realizadas. Quando a operação foi desencadeada, em outubro do ano passado, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária, além 28 conduções coercitivas (em que pessoas são levadas por policiais para prestar depoimento) e 35 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos, dinheiro, computadores, veículos e até um barco de pesca.Outros cinco vereadores, incluindo o atual presidente da Câmara Moacir Aparecido de Andrade (PC do B), foram denunciados pelo Ministério Público Estadual como participantes do esquema, mas a justiça entendeu que não foram encontradas provas suficientes para incriminá-los.Cicinho do PT, que era presidente da Câmara Municipal quando o escândalo estourou, permanece preso na cadeia pública local. Marcus Douglas está em prisão domiciliar, porque é advogado e não existe cela especial no presídio local. Adriano, Carlão e os outros três que ainda não foram julgados no legislativo, respondem processo judicial em liberdade.A Polícia Federal e o Ministério Público, com base nas investigações, que contaram inclusive com escutas telefônicas autorizadas pela justiça, flagraram os vereadores extorquindo empresários, forjando viagens para recebimento de diárias e superfaturando valores de serviços, entre outras irregularidades. As gravações mostravam ainda os ‘parlamentares’ zombando da população, inclusive utilizando palavras de baixo calão, quando articulavam suas tramoias.