Publicado em 05/12/2017 às 02:00,

Glória de Dourados: Funcionário público é suspeito de abusar sexualmente de três sobrinhas

Redação,
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(Foto: Divulgação)
Um funcionário público, de 53 anos, está sendo investigado por abuso sexual contra três sobrinhas em Glória de Dourados. O primeiro caso descoberto é de uma menina de 10 anos, que após revelação dos abusos outras vítimas apareceram.Polícia Civil investiga os casos Conforme a reportagem, a criança identificou o crime depois de conversa com os pais sobre pedofilia e abuso sexual. Com dúvida, a menina perguntou qual era a diferença e de uma forma simples a mãe disse que existia o carinho e carícia, sendo que este segundo não poderia acontecer.“A gente falou para ela que iria fazer uma brincadeira, então minha esposa fingiu estar passando protetor solar nela de um jeito normal e perguntou se ela sentia algo e ela disse que não. Em seguida ela passou o protetor de uma forma mais lenta, como uma carícia, e pegou na perna da nossa filha, que relatou sentir cócegas, mas recuou com cara de assustada”, relatou o pai da menina.Neste momento, a mãe disse que ela não podia deixar que ninguém fizesse essas “cócegas” nela, nem os pais, nem os avós, nem tios, ninguém e, neste momento, ela começou a chorar.Após a reação da menina, os pais perguntaram o que havia acontecido, se alguém teria feito algo parecido com ela. Assustada, ela contou que sim. Os abusos aconteciam pelo marido da irmã da avó, homem que, inclusive, tinha autorização para buscá-la na escola. Ele se aproveitava do momento a sós com a menina para praticar os abusos.“Ela ficava na hora do almoço na casa deles, que na verdade é casa da avó do meu marido. Ele era de confiança, às vezes pegava ela na escola antes de eu chegar do serviço, nunca que iríamos imaginar uma coisa dessas”, contou a mãe.ABUSOSDurante a conversa, a menina relatou ainda que a primeira vez aconteceu quando tinha 8 anos, na casa do suspeito. Eles estavam sozinhos na sala e o homem passou a mão em sua perna, colocando-a sobre sua genital, por cima da calcinha. A segunda vez teria acontecido quando ele foi buscar ela na escola.Ela revelou que sentou no banco da frente e no caminho o suspeito ficou acariciando-a. Ele ainda teria tentado uma terceira vez, mas assustada a menina passou a sentar no banco de trás do veículo toda vez que era buscada pelo suspeito.“Ela falou que ele perguntou para ela o porquê dela não estar mais sentando na frente com ele, para que ele pudesse fazer ‘coceirinha’ nela. Ela disse que sabia que aquilo era errado, mas não sabia como, nem o porquê; quando nós explicamos para ela o que seria, ela identificou e começou a chorar. Nós questionamos ainda o porquê de ela não ter contado antes, quando aconteceu, e ela disse que ele falava que era um segredo e que, se ela contasse, a mulher dele e a família ficariam muito bravas e então ela não contou. Depois disso ela só pede desculpas e se sente muito culpada por não ter falado antes”, contou a mãe.A família se mudou para o estado de São Paulo e registrou boletim de ocorrência na nova cidade. O documento foi encaminhado para Glória de Dourados posteriormente.OUTROS CASOSDepois da 1ª denúncia, outras familiares procuraram a polícia para relatar abusos. Uma das sobrinhas do funcionário público, hoje com 31 anos, contou que foi abusada quando tinha 20 anos.“Um dia eu estava no tanque e ele apareceu na porta, já com as calças abaixadas e o órgão (genital) para fora. Eu perguntei o que era aquilo e ele disse para eu pegar nele, que eu iria gostar e não ia me arrepender, falando também para eu ficar tranquila que ninguém iria ficar sabendo, foi quando eu corri e sai de casa”, relatou.Outra mulher, que não identificou a idade, mas disse que o abuso aconteceu quando tinha 14 anos, relatou que quando foi assediada, contou para a tia, esposa do suspeito, mas ela atacou a jovem.“Eu contei e ela me xingou de vagabunda, como se eu tivesse me insinuado e dado em cima dele, ligou até para a minha mãe falando que eu estava tentando destruir a família deles. Depois disso a gente nunca mais teve contato, mas hoje eu me sinto muito culpada, se eu tivesse falado no passado, contado e denunciado, talvez isso não tivesse acontecido com outras pessoas da família”, lamentou. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.(Porã News)